Micróbios vão mudar de nome; entenda o motivo
Para nomear um novo micróbio, os cientistas devem seguir um longo protocolo descrito no Código Internacional de Nomenclatura de Procariotos (ICNP). Em primeiro lugar, a equipe deve conseguir cultivar as arqueas ou bactérias em laboratório. Dessa forma, os cientistas podem apresentar uma mostra do microrganismo que servirá de referência para sua identidade.
Essa referência deve ser apresentada a pelo menos dois repositórios do mundo. Além disso, os pesquisadores precisam publicar a descrição da bactéria em revista científica, com a denominação sendo aceita pelo Comitê Internacional de Sistemática de Procariotos (ICSP).
Agora, um grupo formado por cientistas de diversas instituições resolveu facilitar o processo de nomenclatura dos microrganismos. O novo protocolo, chamado de SeqCode, foi descrito na revista Nature Microbiology.
O método permite que os microbiologistas nomeiam as bactérias e outros seres procariontes com base apenas em sua sequência de DNA. No SeqCode, o pedido de nomeação é feito diretamente no site, sem necessidade de culturas. Então, o sistema verifica automaticamente se a sequência é única, tendo outros bancos de dados como referência.
Não é qualquer nome que pode ser dado ao micróbio. Neste protocolo, o organismo também deve ter sido relatado em publicação científica e sua denominação deve seguir procedimentos padronizados de nomenclatura que usam o latim adequadamente.
Por enquanto, ambos os sistemas de nomenclatura devem funcionar, com o cientista optando por usar aquele que preferir. O SeqCode deve facilitar o trabalho de pesquisadores que não conseguem cultivar microrganismos em laboratório devido a falta de informações genômicas, mas que possuem sequências de DNA de amostras retiradas do ambiente.
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