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Companhias aéreas apoiam criação de registro global de drones


Projeto de agência da ONU pretende reduzir o número de incidentes envolvendo drones e aviões. Drone usado pelo Detran para fiscalizar motoristas no DF
Toninho Tavares/Agência Brasília
As companhias aéreas do mundo estão apoiando a criação de um registro mundial de drones liderado pela Organização das Nações Unidas, em meio ao crescimento de episódios em que essas máquinas voadoras quase colidiram com aviões.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) apoia esforços da agência de aviação da ONU para criar o registro. O cadastro poderia ajudar a acompanhar o número de incidentes envolvendo drones e aviões, disse Rob Eagles, diretor de gestão de infraestrutura de tráfego da Iata.
A Iata vai considerar colaborar com a Organização Internacional de Aviação Civil (Icao) para uso do registro de drones em trabalhos de análise de dados para melhorar a segurança de voos.
A Icao desenvolve o registro como parte de esforços mais amplos para criar regras de voo e acompanhar aeronaves não tripuladas.
“Uma das coisas importantes que gostaríamos de ver no registro é a compilação de dados que incluam incidentes e registros de acidentes”, disse Eagles.
Companhias aéreas e operadores de aeroportos estão buscando o registro de drones, tecnologias de cercas geográficas e penas mais duras para operadores de drones que insistem em voar perto de aeroportos. Eles esperam que estes passos assegurem a segurança de voos conformes amadores e empresas como a Amazon passam a utilizar mais drones com propósitos comerciais e para recreação.
Na Inglaterra, o número de registros de incidentes envolvendo drones e aviões mais que triplicou entre 2015 e 2017, alcançado 92 episódios no ano passado, segundo o U.K. Airprox Board.
A Air New Zeland afirmou no mês passado que um voo de Tóquio com 278 pessoas ficou a apenas cinco metros de distância de um drone durante a descida para pouso.
No final do ano passado, um drone voando na região do aeroporto de Congonhas (SP) fez o terminal paralisar operações de pouso e decolagens por duas horas, levando a cancelamentos e desvios de voos.